sexta-feira, 20 de março de 2015 0 comentários

Das amizades eternas



“Tua ausência fazendo silêncio em todo lugar” – OTM

                Eu moro sozinha, na verdade sempre acreditei que moramos sozinhos dentro de nós mesmos. A solidão é muitas vezes sabedoria, as pessoas que não tomam conhecimento disso. Sempre fui adepta da famosa frase “antes só do que mal acompanhado” e sempre a fiz como uma verdade absoluta, e ainda faço. Não acho que valha a pena gastar energias com aquilo que não nos faz bem.
                Fico surpresa com a cara das pessoas olhando para mim quando me perguntam: “ – Você não se sente só?”, eu quase pergunto de volta: “ E você, não se sente só?”, pois a mais triste solidão é estar entre multidões e sentir-se só. Com o tempo aprendemos que as pessoas podem estar presentes mesmo com sua ausência física. Presentes em nossas lembranças, em nossos hábitos, em nossos corações. E se você sente falta de alguém, entenderá exatamente do que eu falo.
                Entretanto eu percebi, morando sozinha, que você não sente falta de estar com alguém, você sente falta de determinadas pessoas, você sente falta daquele cheiro, de chegar em casa e se deparar com aquela pessoa correndo, engolindo alguma coisa enquanto vai para a academia. Sente falta das risadas, das brigas com os personagens daquela novela que você nem sequer fazia ideia do enredo, mas sentava-se ali, porque era divertida aquela cena que ficaria para sempre na memória. Sente falta das lágrimas derramadas juntas, do abraço, das surpresas que você sempre estragou chegando mais cedo, da correria do almoço, de todos os hábitos que você aprendeu.
                Eu? Eu não me sinto só, mas sinto falta de um pedacinho do meu coração. Deste pedacinho que você levou para uma cidade longe, deste pedacinho que será para sempre seu e quando a saudade vem me visitar, me refugio no lugar comum que são as nossas lembranças, lhe envio uma mensagem com qualquer baboseira e espero você me retornar para abrir meu riso contido.

                Alguém um dia disse “a saudade é o amor que fica”, pois bem, eu ainda digo que ela é do tamanho do amor que vivemos, por isso a minha saudade de você é infinita e sempre será.

Texto dedicado a uma amiga-irmã <3



                   
terça-feira, 17 de março de 2015 0 comentários

Apenas pensamentos soltos





Algumas vezes a melhor coisa que podemos fazer para todos é ir embora, abandonar certos hábitos, certas pessoas, aquelas manias que nunca nos fizeram bem. Para as árvores parte do processo de amadurecer é deixar cair as folhas, para os seres humanos é mandar embora alguns sentimentos, alguns velhos hábitos, é renovar sonhos, renovar esperança, é tornar-se consciente, a queda está ali, na nossa frente, pode ser hoje, pode ser amanhã... Nunca saberemos quando ou como, então para quê viver preso? Para quê sofrer por situações inalteráveis? Em vez de olhar o passado, em vez de ficar vendo como tudo foi ótimo, siga em frente, faça das suas memórias um lugar para te fazer feliz, e daí se você errou? Somos todos errantes, mas a melhor coisa é poder ver que errou e mudar, se não for na mesma ocasião que seja na próxima, a vida é feita de variações que a torna única para cada indivíduo, somente nós sabemos o quanto algo nos afetou, mas deixar isso para trás faz parte do amadurecimento. Afinal de contas, se ficarmos olhando e esquecermo-nos do agora num futuro próximo não teremos nem mesmo memórias, pois a vida é o que fazemos agora, então faça a sua valer a pena!
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Amadurecer




Amadureci, assim como todos um dia estão fadados a cair do pé. Assim como no outono as folhas insistem em cair das árvores. Experiências, por vezes, só por mim conhecidas me conduziram a este estágio, "passos lentos onde parar não estava entre as escolhas", caí, doeu, segui. Era inevitável.
Uma eterna luta comigo mesma, o que sou, o que fui e o que quero ser. A única certeza disso tudo? A eterna mudança, se eu fosse um livro, definitivamente, haveriam edições revisadas e finais alternativos.
 
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